Bile Negra, ele gritou.

Bile Negra, ele gritou. Aquele foi o último dia, aquele foi, ele jurou para si mesmo que se não morresse dentro de um ano ele iria pisar tão forte neste solo de calvário que haveria uma pegada que nunca sumiria pois estaria queimando para sempre, assim como seu peito. Ele sabia que para renascer necessitava morrer, ele sabia, ele sempre foi inteligente e sempre soube lidar muito bem com a maneira de olhar para baixo, ele sempre gostou de brincar de subir na cadeira e olhar para o chão com a corda no pescoço, o que ele, aquele maldito, não sabia era que um dia ele iria desequilibrar e a cadeira ia cair, curiosamente ele sempre deixou uma carta escondida na última gaveta para caso ele desequilibrasse. Ele sempre se questionou o que havia de diferente em ver o mundo pela janela de seus olhos, ele sempre se questionou porque as pessoas gargalhavam em festas aos sábados e ele chorava no quarto, ele sempre odiou quando...