Demônios também choram...
Havia sangue, a alma dela sangrava
Eu estava cego com a luz roxa
Atraído como um inseto eu não pude ver
Meus olhos sangraram assim como os pulsos
A dor era a nossa fixação.
Em dez páginas eu vendi a alma
O rouxinol deve voar, eu sou uma raposa
Raposas devem caçar, com o beijo eu selei a alma
Como um predador eu observava
Eu queria destruir, assim como Samael
Eu queria ver a queda e quem caiu fui eu.
A dor, a destruição, a morte, eram oblações
De odor agradável como o cheiro da fenda voluptuosa
Havia um ídolo, um ídolo de bronze
Eu ajoelhei perante o ídolo, para a dor cessar eu supliquei.
Para o ídolo eu rezei, a estátua então eu amei
Assim como o rouxinol levou minha alma
O polvo tentou destruir minha calma
A dor cessou, eu regressei para agradecer.
O Diabo levou o ídolo, ele deixou suas lágrimas
Belfegor, a encarnação da preguiça deixou sua carta,
Nela havia sangue, eu estava desfigurado e havia lágrimas
Eu estava afundado na lama negra
E com uma última lágrima eu lamentei, ali póstumo suspirei.
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